Resta (me) o silêncio.
Basta da ausência o aconchego d'ouvir ríspida palavra-muda
(o embuste do 'não' é vaidoso).
Testa o alpendre do sentimento.
Aposta dos subterfúgios.
Prosta-se a ruptura, drástica opinião não compartilhada.
Teste de paciência sem saber de satisfações.
Triste fato d'emoção consternada.
Dista a distância não 'lista' que impede intersecções.
Préstimos da vaidade, não há pasto (comida),
nem peste (moléstia) que explica-suplica ou traiga vertente vestida e oculta da (des)ilusão.
Às custas do anonimato, nas andanças do Paraíso (h)ouve disposto um encontro real e carnal.
Disto não destoa o amor, inda que casto, à vista do pouco exposto, daquilo que um dia (se) foi...
À paz contumaz que nos presta,
a chuva diz que hoje o sol não brilhará.
Mas só hoje, hoje tão e somente,
então ao silêncio que (me) resta
(no coração e na mente),
sem busto de herói ou anfitrião, agora, la siesta!
'Lembranças' (Kátia)
https://www.youtube.com/watch?v=yLb9hnNssRg
'Só Ficou Saudade' (Letícia Monsó)
https://www.youtube.com/watch?v=b8NEwuxi0iY
'Boulevard' (Vanny Vabiola)
https://www.youtube.com/watch?v=bKPCwN5BWwY