era só um olho (calado)
uma face (consternada)
um jeito sinistro (tenebroso)
que no escuro do meu eu-pensamento
no plano-espelho do imaginário
diretamente me olhava e severamente me indagava
sem no entanto, proferir uma única palavra: - por que?
Colhi-me preso,
atônito ao meu silêncio
(eu, Antonio), caliginoso,
como vilão de não sei o (por)que...
'Vozes do Silêncio' (Carlinhos Brown) (falar pode mudar tudo)
