A certeza é do nada. Enganam-se poliformes sabedorias.
Do futuro, como se fosse a espera da chuva na madrugada, nada cai.
Sobressae apenas o rarefeito. Nenhuma gota (e a mente duvida de tudo).
Pr'aquecer, o lençol que encobre o corpo, mudo, emudece.
Ah, o tempo. Sincero?!
O que nos dita à sorte em sua presteza?
Que ao menos nos trate com mais gentileza.
Já que o relógio é efêmero; e até conversa conosco por programação - mas não nos entende.
O seu tic tac de hoje não faz mais barulho. Tudo é digital.
Por isso, o tempo marcado às escutas, nos confunde as certezas...
Ao tempo, silêncio!
Hoje transgênero, sem exagero,
é partícipe dos nossos esmeros e desesperos...
'Oração ao Tempo' (Caetano Veloso)
https://www.youtube.com/watch?v=HQap2igIhxA
'Sobre o Tempo' (Pato Fu)
https://www.youtube.com/watch?v=Fh0vvDWtX2s
'Tempo Perdido' (Legião Urbana)
https://www.youtube.com/watch?v=2hr7Uqu6G80