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O meu tempo é passageiro,
sofro a ingratidão d'uma morte que ainda não chegou em mim;
sofro porque vivo na constância de uma (in)decisão & (in)definição - que se dãos as mãos, riem de tudo - e que não tem fim;
sofro por que sou assim, enfim;
Demore, oh morte, demore!
Não me agracie com teu sorriso!
Demora-me e demora-te, muito
o tempo que for necessário,
(e não me devore)
pois, ao tempo desse ingrato tempo - e por muito tempo - que espero que seja um longíquo futuro, advir,
o declamo do nobre perdão - da minha boca
(esse jaz, plenitude)
ainda não consigo alhures, em qualquer amplitude,
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 04/05/2022
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