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Em catarse, purgo-me de paixão;
(expio mias culpas em solidão)
mas o vazio também me deixa na mão
(é como deitar no sofá em êxtase e só ver televisão);
D'outro compasso, à espera, penso volver ao fato,
inda que em contramão;
sorte-revezes, meu destino é de pouco,
mas de antemão,
foco grande - e mais - o meu ganha-pão;
Por ora digo que sim à vida;
e sem qualquer senão,
à morte (que dure o tempo que vinga),
inda digo que não
(dou-lhe um tapa na cara por negação, pois não quero que venha por antecipação);
E assim sigo caminho, enceno-ação sem contradição,
corpo & alma em plena introspecção
(um chamado à cooperação),
eis-me que sou peregrino (andarilho com os pés no chão),
oxalá em preces (razão-emoção)(tesão-ilusão)
mantando a sede e a fome em pura água da fonte,
líquida fonte de reflexão.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 02/11/2021
Alterado em 02/11/2021
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