BRUMAS
Brumas d'teu beijo - névoas sensatas,
toca-me a doidice.
Paro em mesmice,
diante d'um forte signo de esperança.
Vil sentimento que me colhe réu,
embora não me auto-confesso, de que ao avesso,
somente o que peço - em sinistro cais permaneço,
és teu desejo: límpido-claro-sincero,
'penas refresco...
Bebo meu copo quieto,
diante do tudo que tu em tolice pretendes.
Depois do prazer do corpo, entrementes,
digna Mulher,
- eu sem pertences -
sutil me despeço.
Fui cedo...