Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


MALGRADO

MALGRADO

Corte, deslacre
cego fio da navalha, sem visgos
rompido u'mpério de laços, sem forças, sem lei
(um amor pede socorro)

Morte, massacre
vazio santo-sepulcro, sem vícios
zumbido estéreo que admoesta os sonhos
(o amor penumbra mistérios)

Forte, um baque
água e cacos de vidro na sala de estar
na mesa o jantar, feito e exposto ao convite do anfitrião
(o amor se dilui entre o querer & o poder)

Sorte, destaque,
plumas & paetês, 'sine cura', 
há palcos vazios onde atores brindam percalços e suas conquistas
(ave mítica - explendor d'amor, que ressucita, apazigua e afaga a dor).

E no 'plus' da poesia ao retoque da maquiagem,
o simples fato-passado se faz luxo ato-presente
(com laços e fitas),
à expressão evidente.

 

'Jamais um amor sentir-se-á seguro, se estiver preso-tolhido na palma de uma mão.
Deixe-o livre, viver, voar, e de si mesmo cuidar...
e a segurança ter-se-á plena, ao menos para o sonhar'

(Antonio Jadel).
 
 
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 18/03/2021


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