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PENTEADEIRAPENTEADEIRA
há lutas-disputas cujo contexto - vitória - se perde em teias de renda-de-seda;
há batalhas perdidas-'squecidas pois a fome do dia demanda vontade;
há memórias impressas em fantasias, donde o sereno d'alma só pede favor e perdão;
na estrada há acolhidas e abandonos. presas e predadores. firulas e adornos;
nas negativas do 'sim' e nas afirmativas do 'não',
teses, antíteses e sínteses, são dialéticas do existir;
há de se ter na vida um 'se descobrir'; cada um há de ser, de si mesmo,
seu verdadeiro fiel mandatário e dono;
de fato ao sonho - nada a esmo - querer é poder...
d'escutas e descasos - carícias e mal-tratos,
penteadeira exposta na via pública há de mostrar o útil e o fútil;
da dor-maquiagem
(eis que resiliência);
do amor-traquinagem
(eis que de si, pertinência);
d'uma flor em miragem
(eis que divina, há providência);
tudo será 'um tom mais branco de pálido', colorido;
do que seja privado, privativo, permitido e proibido;
pois ninguém manda ninguém neste mundo;
céu e o inferno são entre si primos-irmãos;
ambos vivem conjuntos seus apogeus;
entrelinhas, remendos, costuras,
(boca-baton-vermelho, espelho);
(paletó & gravata, velho-conselho);
jamais um encontro é (só) nefasto se assim 'escreveu' a poesia de Deus. obs: propositdamente o poema só tem uma única palavra iniciada em maiúsculo. de tudo, somos seres minúsculos...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 11/03/2021
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