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BRILHOSBRILHOS
Acendo o farol,
ligo o abajur,
clareio a luz da minha sala, quarto, todo e qualquer aposento,
risco o fósforo,
queimo a vela pr'arder em chamas,
clico em teclados, aumento a claridade do aparelho de tv/celular,
esgarço a cortina pra ver o sol entrar,
pinto tudo de um leve branco-azul-amarelo,
lustro ouro, pérolas, móveis, e um diamante...
E contrário ao que não me é de proveito...
fecho os olhos
m'escondo
me cubro de anonimato
me curvo à quietude
deixo de me olhar no espelho
risco d'agenda páginas de minha estória
tento um pouco fugir de mim
'té mesmo apagar médias memórias
Mas eu, de fato, de orgulho 'al rato',
sem 'mui cambiar',
reles perfil aos sonhos de menino-amante
- p'rece que não me movo / não me dou satisfeito -
e só m'encontro onde presto contínua atenção:
'nos brilhos - esboço - do teu sorriso-lunar'.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 29/10/2020
Alterado em 05/11/2020
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