Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


FONÉTICA

FONÉTICA

Um beijo dado, não ralo, fato raro, ao conceito d'um trato, atalho, em ato-trabalho, por tática e sem ato falho, 
que trago no bojo d'um sonho, agasalho, risonho, do qual não me envergonho, de pé ou deitado me ponho, 
ao caso-endosso, a dorso, absorto (vivo e não morto), adorno, 
vareio ao arrepio, não do frio, 'pio', mas que fugiu, pariu e partiu,
vestido a contento, vestígio no tempo, vasto saber que saliento, atento: conteúdo contido e contado, amiúde, atado, meu mundo, a menudo, o menos é mais, pormenores de tudo, protetores ditados, dinheiro contado, gasto & guardado, 
ademais, eu a deriva num cais - busco a paz
'eu tendo em si, por mim, pouco assim, enfim,
adjetivo partido, rompido, caído,
que dói ao qu'é dado como doido doído,
sem aditivo, altivo, ativo, massivo e conclusivo,
não me torno aflito, ao filme fino, afino, o flerte, um blefe,
a flauta que toca, a flora e a fauna... fundem, vezes confundem,
me rogo à Confúcio (busco por Deus), não sou ateu, nem tô a tôa,
e toco por bem meu bem-querer, 
e ao que é fundo (há falta), o faz de conta é profano, profundo, afoito afago, uma boa 'phoda', ao vinho & água, sal & açúcar,
líquido-refrigerante (avante), guaraná, coca e soda,
tudo ao consumo, insumo insano, consoante ao senso, a solto consenso
aí queimo incenso - aceso, dá-me o sono, desligo o lume, a luz eu apago, 
aí profetizo (sonho): o céu, a terra, o mar - o universo constante,
o sol & a lua, astros que brilham, n'espaço estrelas que embatem, triscam, trilham,  
ao seus grandes portes, à parte, e cá embaixo no pátio, não parto nem 'pago o pato', pois tudo tá caro, o que meço eu faço,
o fado, a fada, a fide-fidúcia, dou'trora outra 'phoda' gostosa, 
o gozo, a glosa, o mel & melado, no bojo, o escopo, 
o modo em arte de como se amar,
feitio ao destino, o tino, o desatino
(escuto ao longe o som do badalo de um sino)
'ntão por perdão, amém, untadas as mãos, ao sim e ao não, 
me acolho, me encolho, m'embrulho, me tolho,
mas meus olhos molhados se abrem abertos, abrolhos,
e não sei o que, nem o por quê, mas é assim meu porque,
que nada reduz e apenas aduz, conduz, seduz, e reluz ao conclamo,
um ode ao que sinto, não minto, e no meu andar (de)vagar,
falo e chamo, declamo e proclamo...
pois é (poesia): assim qu'eu permito o dito do amar (e não reclamo),
pois é (de novo), e não é maresia (à la fantasia),
de efeito à fogo, sou homem-sujeito, no meu (im)perfeito, inflamo,
fonética d'alma que acalma (e não é carma), 
é o jeito qu'eu amo...
 
 

'poesias também são perspectivas da vida' (Antonio Jadel)
 
'Romântico' (Giovanni Marradi)
https://www.youtube.com/watch?v=tL4yNXMLnXY
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 23/10/2020


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