Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


OBS: para que o filme-poesia seja sonoro, sugiro clicar no link da música abaixo, de Oswaldo Montenegro (Som Molhado). E ao som numa penumbra (tom baixo), leia então as poesias.


PARADISO (I)

Entretendo meu filme
- não venderei ingressos -  
vou rir as lágrimas da minha dor.
Gota-a-gota, sem suprimir,
esbanjarei meu colorido cinema numa 'película' branca & preta. 
E feito-feita de barro, careta, 
- mundo mutreta - 
eu protagonista-ator, 
contornarei o lógico da estatueta, 
'in paradiso', 
lacrimejando também meu sorriso,
numa espontânea viagem de amor. 


PARADISO (II)

Teatro vazio, 
- ninguém acerca do acervo -
só eu num palco me assisto & aceno. 
Sou eu protagonista, meu público fiel.
Sem comezinhas críticas, eu me permito e insisto. 
É onde vou rir minha dor com lágrimas de poesia
meditando o paraiso do amor,
com sorrisos de nostalgia.
Da vida que levo (leve), levo 'in live' um troféu:
do lavor ao louvor,
minha estatueta é prêmio de fantasia...



PARADISO (III)

Do que dito & assisto, in permisso,
busco eu um paraiso, alívio.
Só que sabe (sei) um filme em ciclos,
da vida um rodízio,
da alma um alisio,
lágrima & riso.
Me vejo em julgo, julgamento em juízo
(leis, artigos, incisos)
e ao final decisão um aviso indeciso: 
belo ao espelho (não me sinto Narciso).
Busco sói sonhos prodígios. 
Sou um plágio de mim (isso sim)
'penas menino que vive no amor (im)possível o seu improviso.

(x-x-x)

 
Poema subsequente-subliminar (sem título)
'Luz, câmera, ação... vida'!
(...)
onde tudo se perfaz (in)'maginável, (im)possível. 
E do crível do que é fato,
lágrimas dos lábios beijam os sorrisos dos olhos. 
 
'Som Molhado' (Oswaldo Montenegro, Músicas para Cinema)
https://youtu.be/f6fRupA2lBM
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 25/07/2020
Alterado em 25/07/2020


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