DO CAOS
DO CAOS
É do caos que os meus planos fazem discursos de alegria,
é do caos que vislumbro a aurora do dia,
é do caos que alimento a minha fome de euforia,
é do caos que me cubro de frio no verão,
- a temperatura sempre será amena -
é do caos que me guia,
- o clima -
que 'antenizo' a puta-vaidade humana desta cidade,
feroz,
em disritmia contrária à minha santa-vontade,
algoz...
O caos pra mim é 'penas o acaso de letras trocadas,
sem a dor daquele fomento, num grito de 'ai'.
Sinto o caos em alto volume,
mesmo diante de minha silente sonoridade.
E ciente dos meus segredos-verdades,
abstraído de uma forma hilária,
o caos casa comigo, de véu e grinalda,
pega nas mãos, amarra e mordaça
e me obriga ter roupa lavada, pela diária.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 07/03/2020