LIBERTAS QUAE SERA TAMEN
Suspiros.
O automático é 'mexível' por óleo engomado.
Sussurros.
O enigmático dança de véu e grinalda.
Sinergias.
O emblemático explica teoremas deixando tudo 'prá lá'.
Sói a fato, sinais sociais d'outrora tocam sino à liberdade.
E suspensos lençóis duma cama não usada,
sem sinas, ouve-se músicas:
- há sustenidos -
- malgrados bemóis -
- pausas por definição -
toda lágrima tem gosto de mel
todo sorriso se entorna à mordida nos lábios
todo prazer é epifania (e vale)
e nas bodas da efemeridade,
que não guarda rancor mesmo 'puta-da-vida'
todo gozo tem gosto de sal & açúcar,
como se fosse um soro caseiro (benéfico)
bebido em colherinhas,
necessário à hidratação dos corpos
que se amam,
em vida...
(fim)
obs: o título deste poema não tem nenhuma relação lógica com o fato jurídico-político ocorrido nesta semana. Surreal por definição, ele (poema) fala muito mais de amor. Não de dogmas sobre corrupção.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 09/11/2019