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FACTUALIDADESFACTUALIDADES
O poeta verseja figuras: a poetisa
(dotada de brandura & calma),
flerta com a fantasia,
onde a poesia é gramática d'alma.
E na cúria do (im)possível
sem um único trauma,
o sonho desafia à prova,
a realidade.
No gira-mundo deste gira-mundo
cabeça girante em ritmo delirante,
gira-se o entorno do medo e do desejo;
há enígmas pintados de branco & preto,
'sperando o colorido,
e o caos lá fora contrarius limites
vibra 'qui dentro do peito,
em formosa
in-ten-si-da-de.
Não há leitura de textos
inda não escritos
(mesmo que sábios os versos pensados,
proscritos)...
Tudo é o todo do 'tudo',
por si mesmo,
em si razão de si,
em tudo.
... factualidades...
Poemas subsequentes-subliminares: 'sem títulos'.
(I)
Não danço conforme a música.
Ela pode ter rítmica ao meu desgosto.
N'atualidade,
danço conforme o volume do som
(o audível)
e a sua tonalidade.
E a isso pronto,
não prostro,
me posto,
e ponto!
(II)
Hoje joguei fora tudo aquilo que me prestava.
Fiquei apenas com o desnecessário,
e que não muito me serve: o consolo.
E ao crivo do agora que tenho - e talvez eu não queira -
jamais pensei...
Me sinto obrigado a sair fora da minha caixa,
para que dele (ou com ele)
possa eu descobrir algo que seja plausível,
sensível,
e que possa usar,
servir
fazer
utilizar...
e me descobrir à um novo modo de ser.
obs: terminei meu escrito simplesmente ouvindo Gonzaguinha.
Oh, saudades do poeta.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 19/06/2019
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