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VENTANIAVENTANIA
Recolho-me,
me ponho quieto na interna ansiedade;
(a esperança ainda sorri)
Encolho-me,
guardo por dentro a sutil dor da saudade;
(a esperança ainda sorri)
Atolo-me,
não saio deste mundo porque me falta a verdade;
(a esperança ainda sorri)
Escondo-me,
do fato e do medo de perder o tato d'ouvir a suave voz;
(a esperança ainda sorri)
Afrouxo-me,
porque dito poemas de sinceros augustos carinhos;
(a esperança ainda sorri)
Escolho-me,
pra numa auto-observação,
responder quaresmas do que outrora 'conteceu.
Aqui a esperança não mais sorri.
Troca comigo figuras de intensas verdades,
pois ela sabe ao seu modo
de tudo aquilo que eu vivi
(e ainda vivo pois vivo estou).
Finca a bandeira do etéreo (a esperança)
em toda qualquer paisagem
e daquilo que se pode conferir
ao dilema-conceito do amor,
sabe também que nada mudou.
Vê que a bandeira fincada
... tremula, tremula, tremula ...
ao vento tempestade-suave
que me pegou e me refrescou.
-x-x-x-
'Eu queria estar contigo num lugar onde só a gente conhece'
(do filme Pequeno Príncipe)
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 13/06/2019
Alterado em 13/06/2019
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