NADA É (FOI) EM VÃO
NADA É (FOI) EM VÃO
Não por onde, sei
De tudo o quase que foi - quase que nunca tudo,
fluiu, fremiu, fulgiu, fundiu e ao fim, fugiu
e vestiu-se em versos, pois
visto que sim,
'té mesmo por saber em si, ser algo
(adiante ou radiante)
em palavras & pensamentos
valeu a pena, mesmo, valeu
valendo o acaso daquele momento
- de tudo o que fora -
d'um tempo sem qualquer arrependimento.
Do que se explicar (?)
se o incrível é ininteligível
deveras dúvidas, incompreensível,
... e s'eu só tenho mais que somente, pensar (lembrar)
e no meu íntimo gosto me manifestar,
por dentro e talvez pra fora.
E nada mais,
porque o mais não precisa de nada pra s'explicar
eis que o nada é tudo (de tudo o dito que foi)
e o que foi 'conteceu (valeu)
sem abstração
soma e não subtração
trás pra frente, frente pra trás – in rotas seguidas de antemão,
idas e vindas - voltas
e nada demais,
pois nada é (ou foi) em vão.
(fim)
'No abstrato, eu me enxergo em nós'.
OBS: poesia que inscrevi no XII Concurso de Poesia da OAB/SP.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 29/12/2018