Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


APATHEIA

APATHEIA

Busco in memorian minha apatheia,
não como amarras d'alma
mas em sentinela do meu querer;
          vez que ao que sinto
          de sonhos, faminto
o meu temperamento é gramatical
dócil - fácil - fértil - útil - ágil - hábil 
o que traduz na crença do impossível como possível. 

Sei que minha melhor amizade é meu amor comigo mesmo.
Mas que esse amor vezes engana, 
mesmo não querendo mentir.
Apenas por narcísica fraqueza, fingir...

Sei qu'ela, a apatheia, 
encanta os desenganos
e na aventura de um modelo disforme,
          sem apatia, 
          com panaceia
e longe de qualquer plateia, 
faz do preconceito atinar o conceito, 
dando um tiro ao certo, pálido e certeiro, 
bem no meio da testa da memória que cala o seu destemor.

Descubro à deus-do-céus
num encontro do acaso
          - mas sim, por amor -
que só posso criar a partir da minha imaginação.

seja o sofrer
     seja o sorrir
          seja o perecer
               seja ao pódio subir...

                         ... então poeta,
                    na sua execução vá adiante,
               e suba os degraus! 
          O troféu está lá encima, 
     (belo e lustrado - brilhante)
pronto pra se exibir...
 
(fim)
 
Poema subsequente-subliminar:

OBRIGADO

Dilata, não confunde, expande
De lata, cobre, bronze, ouro... e ruge
De lado, acata o fato, muge, não s'esconde
- a mercê do minguado -
De nada, por tudo, então, ok, valeu, obrigado!
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 14/08/2018


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