Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


INGUARDÁVEL  /  A CALMA

 
INGUARDÁVEL

Guardado num bolso duma camisa de cetim,
     (comprada a luz de ouro em loja d'esquina)
o perdão fora tirado à forra
levado à prova
na sua aptidão,
exsurgindo à sua guisa,
- verbatin -
em sinceros tons
por mútuas frases de gratidão.

Guardado num cofre semi-aberto,
sem chaves, padrões ou segredos,
mesmo não sendo res publica
o amor se fez dócil demais em declarações,
     (mesmo que doídos aos olhos vermelhos)...
talvez buscando encontrar,
aos ambidestros movimentos,
por certo,
suas (in)decifráveis explicações.

Guardados sem regras tais sentimentos, 
- inalienáveis por menos -
buscaram apenas, 
ao simples toque d'emoção, 
o exato momento d'em conjunto,
desabrocharem.

(fim) 

 
Obs: depois foram vistos, eles, o 'perdão' e o 'amor', ad fidem, tomando um trago gelado, entre mil gargalhadas, num bar da periferia. 
Dizem as más línguas, que eles zombavam da vida ao certeiro conceito 'carpie diem'. 

-x-x-x-x-


 
A CALMA

A calma não deixa rastros em seu caminho.
Pisa suave e sorri por dentro,
por que interno em si mesma,
sabe - como sábia que é -
que tem também revoadas e espinhos...
sente então desalinhos,
... como se fosse, ao além,
o seu próprio carma.

 
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 17/07/2018


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras