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INGUARDÁVEL / A CALMA
INGUARDÁVELGuardado num bolso duma camisa de cetim,
(comprada a luz de ouro em loja d'esquina)
o perdão fora tirado à forra
levado à prova
na sua aptidão,
exsurgindo à sua guisa,
- verbatin -
em sinceros tons
por mútuas frases de gratidão.
Guardado num cofre semi-aberto,
sem chaves, padrões ou segredos,
mesmo não sendo res publica,
o amor se fez dócil demais em declarações,
(mesmo que doídos aos olhos vermelhos)...
talvez buscando encontrar,
aos ambidestros movimentos,
por certo,
suas (in)decifráveis explicações.
Guardados sem regras tais sentimentos,
- inalienáveis por menos -
buscaram apenas,
ao simples toque d'emoção,
o exato momento d'em conjunto,
desabrocharem.
(fim)
Obs: depois foram vistos, eles, o 'perdão' e o 'amor', ad fidem, tomando um trago gelado, entre mil gargalhadas, num bar da periferia.
Dizem as más línguas, que eles zombavam da vida ao certeiro conceito 'carpie diem'.
-x-x-x-x-
A CALMA
A calma não deixa rastros em seu caminho.
Pisa suave e sorri por dentro,
por que interno em si mesma,
sabe - como sábia que é -
que tem também revoadas e espinhos...
sente então desalinhos,
... como se fosse, ao além,
o seu próprio carma.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 17/07/2018
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