Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


QUANDO SETEMBRO CHEGAR

QUANDO SETEMBRO CHEGAR

Nunca 'té então
     poderia imaginar, pensar
                              - eu - 
     tua falta sentir, 
como uma'ngústia
          que no peito - aqui por dentro
     dói, 
uma dor aguda - absurda, 
          e isso em nada me ajuda,
                              por juras, 
judia.

E lá por fora
neste momento do agora,
sem destempero ao contexto, 
o que'eu quero e espero 
que aflore,
é flor, 
em primavera - um afago, 
pra 'comodar a fadiga, 
sem focar martírios  
- (respiro) fôlego - 
esperando setembro chegar. 

Triste-colorida estação (será ?!)
     mês que me dizes,
     - audita - e avisa, 
de maneira quase 'stupidamente atrevida,
                              não comedida, 
     de tua tão sonhada partida.
 
Agendemos então o compromisso.
Eu quero é sorrir!
 
Nunca 'té então 
     pensei, atinei, meditei, creditei, 
(eu sei)                     um refletir,  
sentir
     tudo isso por ti, 
     apenas por ti,
     tão somente por ti. 

 
Esperemos então no que há de vir.
Será que setembro haverá de florir?

 
(fim)

'posto isso, de tudo um pouco, de faro fino, amiúde, sei que não há letra morta. E o que me consome mesmo, ironicamente, zombando da vida, é a poesia'. 

obs: poesia finalizada ao som harmonioso da cantata 'Arioso', BWV 156 de John Sebastian Bach (com explêndida versão, 'Céu de Santo Amaro', de Flávio Venturini). 

https://www.youtube.com/watch?v=E4n-436P0Y4
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 28/05/2018
Alterado em 05/06/2018


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