Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

O LIMITE DA POESIA

O LIMITE DA POESIA

O limite da poesia é o ditado vagante,
sem considerar-se perdido,
já qu'ela não paga tributos,
nem veste roupas determinadas.

Suas palavras entornam o belo,
são remédios d'alma.
Vive sua essência em diversidade,
contrapontos do seu próprio existir
- o necessário -
já que tudo é fantasia e realidade (eis a vida),
já que o insano escreve certo por linhas tortas (e não é Deus),
já que o absoluto acabou de existir (fechou as portas),
já que o que é certo deu tudo errado (e tirou nota dez).

A cabeça do poeta mais do que pensa: flutua, dança, canta, patina.
Escorrega n'areia e mergulha num oceano sem fim.
Vai duma ponta à outra, na fração do segundo do seu pensamento.
Escreve a vida em versos ditados.
Transforma o tormento.
Louva a vida sem culpa, induz em si mesmo, o arrependimento. 
Tira do tempo o complexo, transforma o simples.
Faz do nexo o desconexo. 
Nada é premeditado. 
Faz seu narrado, estórias.
Vírgulas nas entrelinhas...
... e o seu limite é o ilimitado.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 22/02/2018


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