|
TUA AUSÊNCIATUA AUSÊNCIA
Hoje tua ausência mandou-me lembranças,
é que tua presença saiu de férias,
sem prévio aviso,
foi do inesperado,
imprevisível,
sem agenda contada à data d'um possível retorno.
E ao entorno, você,
eis que cansada,
pedindo uma trégua ao improviso,
saiu em disparate ao futuro incerto,
preferiu o contato do novo,
à sorte de misérias e velas,
quimeras,
à sorte de ricas gargalhadas em tua paz,
descritos num dossiê sem atalhos.
Hoje tua ausência marca presença.
E disso eu sei, sempre me ressabiei.
Eu tive medo... procurei me esconder.
Você por amor não teve dó...
Mas no arremedo de um fracasso,
na tentativa de recuperar o que vivemos (foi bom),
sinto eu tua ausência,
(você sorri)
sou eu hoje que vivo só.
(fim)
Poema subsequente-subliminar:
Sou muito dentro de mim.
Não estabeleço conexão.
Meu virtual é o sério.
E o meu pessoal é o inviável,
já que o viável é imperfeito.
Se então o que faço, ajeito (e não rejeito),
me acomodo,
mesmo em lugares vazios.
No meu espaço - ao meu modo -
sou eu,
e eis que de mim, o próprio,
meu jeito.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 14/02/2018
|
|