MEU ESPLENDOR
MEU ESPLENDOR
Ao espectro do meu viver,
exponho pra fora d'alma,
'sponte' própria,
específicos papeis de outrora,
às expensas,
expulsando maus hábitos - espessos, perplexos,
nos espaços especiais do meu dito infinito, complexo.
Expulso dados espúrios,
(penso)
expio mia culpa, sem culpa,
espolío a fraude por baixo dos panos,
exporto desejos e versos sem graça,
explico o nada que me interessa,
e'ntre espasmos,
esparso,
- sem espetáculos irados -
espano ventos,
espalmo tormentos,
e vejo o esplêndido audito: o que não me corrói.
Apenas dói,
como o espanto do susto: o mal,
como fere o espinho,
como fere a espada,
como uma espora pontiaguda,
como um espeto marrudo que dilacera a carne,
como se fosse um espirro pra dentro - qu'engole sua própria seiva...
(e arde, sem nada expectorar)
Entre aspas fico apático.
(penso de novo - assim me esperto e me espaldo)
Traduzo na mente aquilo que quero (espero).
Sinto-me forte como um soldado espartano.
Sinto que os sonhos são meu espólio.
Daí inspiro um ar que renova.
Renovo. Fito o espelho numa contemplação.
Parto pra ação.
Especulo então somente sorrisos da boemia.
E aspiro o futuro à espera dum novo ciclo.
Espatifo na mesa qualquer segredo da morte que me venha dar um bom-dia,
especialmente os 'espichos' sorrisos que esperam retorno...
e ao dito da letra, no espeque,
expulso maus hábitos (já disse outrora),
esporro o gozo da vida vadia,
esperando, ainda,
esportivamente,
à luz do que seja espetacular,
que meu espírito altivo atinja, talvez, 'o seu esplendor'.
(...)
Oh, vida. Resgatai-me na cúria do simples viver.