MESMO ASSIM
MESMO ASSIM
Mesmo de olhos fechados,
a visão era clara, iluminada;
Mesmo de boca cerrada,
o clamor saia de dentro, murmúrios;
Mesmo de ouvidos tampados,
ouvia-se a cor do som.
Sem tato, com toques sutis.
E o cheiro de nada no ar que era vaidoso, apenas.
Tudo era verdade.
Tudo era uma fantasia.
Simetrias airosas d'um destino vivido,
talvez, incompreendido.
Mesmo assim,
'ad memoriam', reinava-se o sensato,
ao que era sentido contrariando os sentidos.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 06/11/2017