SEGURAS MÃOS
SEGURAS MÃOS
Ao imaginário - confesso,
'té creditei na proposta,
de pegar-me nos braços (nas mãos),
e da vida ao descaso - por um acaso,
sair por aí sem rumo,
adiante,
ao prumo,
como dois viajantes.
Mas o certo é que a incerteza comanda o destino.
Por nós e por todos,
e a um faro-fino - que temos,
talvez nos baste a resiliência,
com resistência,
pra entender o enigma,
de quão próximo-distante é o amor.
Por detrás do espelho, há sempre mais fantasias...
e às vistas dos olhos reais,
o espelho somente reflete o que pode ser visto.
Ah, pra aliviar a sua dor,
deixe qu'eu segure tuas mãos!
Será um prazer!
Mas, como todo respeito...
ao nexo do meu direito,
... e a minha?
Quedará sórdida ou esquecida,
guardada somente em meu peito?