Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

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VÍCIO

VÍCIO

O vício que me declina,
não muito destrói,
de leve, meu bálsamo corrói, 
e acena à mim em vão, n'esquina,
sorri,
descortina, e pela alma pura que rezo,
eu peço,
e em si, à sorte, ele inclina.

O vício que me ensina,
fabrica emoções,
fascina;
esse vício-martírio,
- abnublado ao risco -
tentado à menudo, 
volta-e-meia vai 'mbora,
(mas não some)
me deixa só, perdido,
(e não fica)
e ao aviso não proferido, 
contido, 
cai na pendência de sua mor providência,
sendo o indício de que nem tudo termina...
pois o fim de algo - mesmo fidalgo - é sempre o início,
dum renovado vício, 
eis minha sina...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 06/10/2017
Alterado em 19/10/2017


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