NA VISÃO DO QUE POSSA SER VISTO
NA VISÃO DO QUE POSSA SER VISTO
Visto que caminhei, pra qu'eu enxergasse
o que meus olhos pudessem ver - assim me disseram -
topei com estradas 'desasfaltadas',
barros secos & molhados,
(e não tropecei)
noites cantadas,
dedos suados, contados,
campos floridos e verdejantes,
- pássaros -
e aos passos,
pensando ao caminho o futuro,
nada mais querido ou versado, daquilo que dantes.
Mas a luz do sol competia com as estrelas.
Cada qual com seu brilho,
na harmonia do que lhes é reservado.
Tudo isso eu via... lia e relia.
Ah, o firmamento...
E por dentro d'alma,
virado ao lado do sono - ao entorno,
caía-me sereno em mente - lá fora o sereno do tempo.
E a visão foi do espanto à alegria - tudo miragem,
pois nesta longa passagem,
paisagens,
imagens,
viagens,
ao meu lado - nos estreitos trechos do meu caminho -
sem apetrechos do meu 'atelier',
o qu'eu enxergava ante à mim, comigo,
... era você.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 30/09/2017