TÃO BREVE...
TÃO BREVE...
Tão breve que foi,
tão breve,
que conceitos se modificaram,
e numa fração em átomos de um segundo - revolução,
tão breve,
emoções se expandiram.
E o marcado ficou emocionado,
o que era básico violou os sentidos,
o enigmático partiu pr'uma viagem,
o simplório tornou-se sarcástico,
o sereno rompeu suas barreiras,
o ditado ficou mais fácil,
o decidido ficou a mercê do colorido,
- então irrestrito -
o difícil se modificou, enquanto que o intenso apagou as luzes,
o embróglio se atualizou,
- mudou -
o canto adveio da diversidade,
o apanágio criou fantasias, tomou goles d´agua num copo vazio,
o teatro se realizou,
e das festas pagãs então se vingou;
nenhuma cronologia ficou em favor de alguém,
dos rios brotaram-se textos de paz,
fora de esquadro, o medo se envergonhou,
e o impróprio de si, se apropriou.
Em asperezas poéticas, palavras foram riscadas da natureza.
Não mais usadas em aforismos,
sem máscaras que escondem a verdade de ninguém,
já que o prazer foi dividido em partes iguais,
e o mundo então mudou,
(entoadas aspirações)
não em metáforas, ao certo do incerto,
mas em cenas reais,
e do qu'era antes,
na 'spera do que seja o futuro melhor,
tão breve, tão breve se foi,
ao disposto,
jamais...
(fim)
'A vida é muito breve para vivermos somente em expectativas'.