RESGATE
RESGATE
Sobre um céu riscado de nuvens negras, deveras,
transpõe-me o pensamento altivo, puderas;
entorno-me do meu bem querer não em vão, quimeras,
eis que acende um uma luz branca d'idéias,
queimando suas chamas - serenas - como se fossem límpidas velas.
Ah, porvir do meu sol,
permita o fluir da primavera,
e deixem os raios entrarem...
... pois nem tudo que queima, destrói.
Muitas vezes, ardente o calor, de fato, algo constrói,
e da ilusão e do meu coração, abro então, janelas.
Há brilhos que nos fazem sorrir. Lembranças de rivieras.
Quem sabe o amor vem de vez me resgatar.
Quem sabe...
(fim)
Poema subsequente-subliminar.
Não qu'eu seja tempestuoso.
Nem tampouco misterioso.
Tenebroso à minha lúdica timidez,
faço do meu quebra-cabeças, a minh'arte,
numa sensata busca de me descobrir.
Talvez eu me ache. Talvez não.
Não importa... pois o 'talvez', neste mundo,
é o que dita as regras da sua certeza.