DESTINO, AO ESTÍMULO DO TÚMULO
DESTINO, AO ESTÍMULO DO TÚMULO
Ao desiderato da sorte,
o fato é que à mínguas,
a morte nos acompanha de lado,
- mesmo não sendo bem vinda, malgrado -
como se sombra fosse,
em restingas,
esperando o momento de beijar-nos a testa.
Ao passo que nos cabe dizer-lhe o contrário,
o grito interno é forte e diz:
- contesta!
Então em resposta, já que não é só de mim qu'ela gosta,
- gosta de todos -
viro meu rosto de lado,
entreposto,
e não lhe dou chances de me beijar.
Estendo-lhe a mão, apenas,
e faço assim meu acordo de paz,
pra que ambos não venham então, reclamar.
E quando eu for (sei que eu hei de algum dia ir),
não mais haverá um dilema,
posto que o bélico deixou de existir.
E meu caminho será o reto e direto,
à um destino constante,
não beligerante,
sem rancor do acordo ter feito,
sem dor,
sem medo,
sem ao menos sofrer,
deixando ameno o incerto sucesso de se olhar pra trás.
E no túmulo - estimo - haverá o estímulo,
da famigerada leitura e bendita inscrição...
...'aqui jaz'...