Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

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DESTINO, AO ESTÍMULO DO TÚMULO

DESTINO, AO ESTÍMULO DO TÚMULO

Ao desiderato da sorte,
o fato é que à mínguas,
a morte nos acompanha de lado,
- mesmo não sendo bem vinda, malgrado -
como se sombra fosse,
em restingas,
esperando o momento de beijar-nos a testa.

Ao passo que nos cabe dizer-lhe o contrário,
o grito interno é forte e diz:
- contesta!

Então em resposta, já que não é só de mim qu'ela gosta,
- gosta de todos - 
viro meu rosto de lado,
entreposto, 
e não lhe dou chances de me beijar.
Estendo-lhe a mão, apenas,
e faço assim meu acordo de paz,
pra que ambos não venham então, reclamar. 

E quando eu for (sei que eu hei de algum dia ir),
não mais haverá um dilema,
posto que o bélico deixou de existir.

E meu caminho será o reto e direto,
à um destino constante, 
não beligerante, 
sem rancor do acordo ter feito,
sem dor,
sem medo,
sem ao menos sofrer,
deixando ameno o incerto sucesso de se olhar pra trás.

E no túmulo - estimo - haverá o estímulo,
da famigerada leitura e bendita inscrição...
...'aqui jaz'...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 31/08/2017


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