POESIA SEM REGRAS
POESIA SEM REGRAS
O asco é do susto,
e não mata,
haja mais que o matuto, é maroto - consenso,
marujo - contento,
não limpo, sujo;
e o tosco toca - fala mais que o astuto,
ladra em gritos,
sem casta,
nem casca - fritos,
em sua casa abrigado,
come mariscos - embriagado,
- obrigado -
tudo alto ao som de uma valsa, falsa,
sem farça, disfarça...
Enquanto que o surdo, salga.
O mudo não cala. E o cego apronta,
às vistas, afaga o taco roto.
O arroto é pra dentro,
- não faz barulho -
ao que come sem cargas d'água,
- sem entulhos -
já que o caga é produto da reação,
sem vacilo ou vacilação,
e a dança é simétrica à poesia...
Que ri e que chora,
consigo namora,
nada mais que o necessário,
ao absoluto contexto, dum relicário,
sem usuras d'uma gramática em letras gregas.
Piegas... tudo afoito no introito.
Silhuetas negras,
íntegras peças,
poesias...
tudo 'ntão 'scrito sem regras.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 18/08/2017