ALCOVAS
ALCOVAS
Cravo em meu peito, não estacas,
nem esperança,
mas dor;
pois nato, cavo à procuro do leito,
onde me curvo,
acolhedoras alcovas,
profícuas & rasas,
na vaga 'sperança de encontrar meu amor.
E ele anda perdido por aí... vagante,
sem vogas,
sem vestes, nem togas,
nem aberto à vagas,
e sem alcunhas ao qu'eu possa chamá-lo,
talvez nati-morto - ambientes perdidos -
em profundas rústicas covas.
Enquanto ele vaga, em fugas,
eu fico no escuro - eis minha chaga,
e somente busco, procuro...
sem folgas,
e nada me afaga.