Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


VOLÁTIL

VOLÁTIL

Eis que volátil (sua natureza),
e que não escorre, pois molhado não és;
porisso não se marca volúvel,
não se escolhe, nem muito se encolhe,
da sorte recorre, 
e não se vê mui solto aos ventos,
em guardas internas há intentos,
vezes preso em si,
(por mim e por ti)
perfeitos ou não,
'a menudo', contentos,
(anunciação)
e amiúde, fraquejos, 
ao marco d'um minuto alheio, que é muito,
há fortes ensejos, alhures.

Eis que volátil - e não chora a tristeza, 
banca alegria, 
esconde a fraqueza, 
mas quando se olha pra trás: só se sente a dor no peito.
Na cabeça, o ar é rarefeito,
por dentro a destreza: arrependimentos...

Talvez o grito da fera ecoe melhor,
em mais soltos campos e em novos sóis;
já o agouro de agora é chuva,
que pinga em lágrimas numa romaria, 
e n'outra face da terra,
- enquanto o piano medita a calmaria - 
algo se encerra; 
melhores adendos se espera, quem sabe...
... o que dói e constrói,
volátil que é, 
o meu sentimento.

(fim)

 
Poema subsequente subliminar:
'Neste momento que agora eu te conheço, Vida:
- muito prazer! 
- eu me chamo de mim!'
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 28/06/2017


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras