DISTOPIA
DISTOPIA
Pra dentro de si um olhar,
do entendimento, que corre veloz como um corcel.
Mas o que se vê - no amor - é que não há o contínuo,
(em mim)
no que tange o rumo do infinito.
A divisão dos momentos em cada fase da vida é apenas um fato.
E o fim se justifica pelos meios trilhados.
A busca que faço é um ato,
onde o meio se desqualifica ao seu final.
Nada que vejo (sinto) no amor - ao que básico seja - é igual;
sou distinto de todos. Deveras, permitidos conceitos, (a)normal.
A utopia que sinto ilude o contraditório,
e a distopia que tenho é sincera, mas se move ao contrário,
e o que me resta, são apenas parábolas.
Descritas em versos perdidos na frieza duma mata fechada,
clausurada e sem saída,
pela mídia de um despertar que não acontece.
Mas o que me apetece (!)
Esquece o medo e se afasta,
contrai seu destino - aturdido - se mostra entusiasta (de si),
e se basta.
Enquanto isso,
perduro ciente na minha (in)credulidade,
mas vivo só.
Me recolho por dentro (pois pra fora já não me caibo),
escrevo linhas subnutridas de razão,
busco meu sono... me guardo nesse falso conforto.
E no entorno de mim mesmo,
em vetores,
me abro e me fecho - me guardo,
durmo...