DESTEMPO
DESTEMPO
Quando a morte me fora dita,
anunciada ao revés de sua busca,
o desejo já não era mais presente,
('ntão apagado, ausente)
eis que ao tropeço do seu destempo,
tomara viagem em vôo fretado,
pra fora,
sem notícia do seu retorno,
ou de quando estaria em presença,
à frente.
E o sorriso mascavo foi pra dentro engolido,
(sem boa emoção)
descendo a garganta,
frívolo,
incrédulo,
também a destempo,
aos adjetivos vividos daquilo que fora em brincadeiras, uma paixão.
Foi então que eu percebi (eu vi),
ao momento instantâneo dum flash,
que a morte e o amor... sofreguidamente, se beijaram...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 09/06/2017
Alterado em 09/06/2017