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A ARTE DA FUGAA ARTE DA FUGA
A neurose de uma vã cidadania,
A epilepsia da modernidade,
A esquizofrenia das relações,
A disputa 'puta', desenfreada,
A loucura indigitada à beira do caos,
A dificuldade margeada à escolha,
A insana competição sem lugar reservado ao pódio,
A busca anti-ética pelo quinhão a qualquer preço,
O vai-e-vem entre mortos-vivos, em fração de segundos, à espera da morte,
E uma vida doente do estresse, que nos vem em confronto ao conforto, de uma forma (in)valente, arredia.
Salvas de palmas e salmos cantados,
Tudo é festa e desarmonia,
E o apreço da fraternidade é o que nos cai bem, em teoria.
Mas a dúvida suspira um alívio,
(há um canto da sala onde repousa o sorriso guardado)
e n'arte da fuga que busco,
desaparecem as inquietudes,
tudo é belo em melodias...
Escuto ao som de Bach - BWV 1080 (A Arte da Fuga),
inacabadas infinitudes...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 18/05/2017
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