Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


DECEPÇÃO

DECEPÇÃO

Não há decepção no ocorrer do (in)esperado,
vez que tal acontecer,
no imaginado,
à espreita,
malgrados os lençóis que nos cobrem,
onde passa o frio (arrepio),
esquenta o calor (há temor),
era mesmo o prenúncio da escolha a ser feita.

Não há decepção na contramão da direção.
Indas e vindas fazem parte de uma mesma estrada.
O que difere é a escolha...
o sentido...
o caminho à se percorrer.

E a decepção é vulgar somente pra quem sente.
Decepa o que não presta.
E não presta serviços ao coração. 
Corta cabeças de antemão.
Fere o ditado, em linhas abstratas da pretensão. 

O querer de um, não é o que se quer, a dois (ou mais). 
Do contrário, seria tema central de um romance em best-seller.
Um drama vivido em comédia.
E nada daquilo que se'espera,
nos serve,
sem nos darmos conta - da mesquinhez (já dita),
que altiva o decidido por quem assim quis,
e o fez.

E o decidir não depende somente de nós,
nem tanto a um coral,
de uma e só única voz.

                    A decepção é o que desce, 
                         que cai, 
                              ao contrário, 
                                   da nossa mesquinha (virtual) opção. 

                    A decepção é o que cai,
                         que desce,
                              ao contrário,
                                   da nossa vaidosa (individual) opção.

                    A decepção é o contrário, 
                         da nossa enganosa opção, 
                              e cai na descida (e corta), ao vazio e'squecido, 
                                   do sentimento do coração.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 01/05/2017


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