Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

1° DE ABRIL

1º DE ABRIL

O espelho não engana a alma de um poeta;
Pois tudo que é tão mui caro,
nos vem (lhe vai) à sorte,
talvez seja até mesmo pela loucura,
dum desvario;
Ou pelo sentido anímico, 
do seu faro...

E nas dúvidas cruéis que nublam passagens,
aos olhos distintos,
vermelhos, 
opacos,
restam perdidas e longínquas imagens.

E tudo lhe parece efêmero...
E tudo lhe vem em sonhos...
E tudo passa tão rápido demais,
que nem dá pra anotar,
nas páginas de agendas,
em folhas seguidas, tingidas, por vertigens desiguais.

E agora José? (Paulo Diniz)
Se na mesa farta que te parece,
tem mais prece do que comida,
ao desejo que se te lhe apetece.

Vai filho! Vai homem!
Vai, pobre... e busca suporte no teu 'deus'.
Busca José, o teu intuito, reles furtiva, n'algo fortuito, frutífera. 
E traga à mim (à nós) desejos fartos,
que mínguas da realidade,
possam mesmo é ser vividos...
Gozados e aproveitados... 
Deixemos de lado, então, a miragem do carnaval. 

Traga à este dia - ao 1º de abril,
talvez - àquilo que queres,
que possa chamar num pífio segundo,
ao que teu trabalho pariu, 
de concreta realidade,
fantasias à parte, 
máscaras, 
abdulação, falso ou falsidade, 
e que não seja o lado negro do espelho (já dito pois, que não engana o poeta)
algo, ao tato das mãos, sentido, 
algo, pra ser vivido,
algo, 'de verdade'.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 01/04/2017


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