CLAMOR À MORTE
CLAMOR À MORTE
Clamei à morte,
a um grito de socorro: - me ajude,
que era talvez,
o desespero infame da minha ignorância,
uma revanche cruel;
Clamei à morte,
a um grito de perdão: - salve,
que era talvez,
o bom senso acordado à noite,
uma piedade fiel.
Clamei a morte em momentos distintos,
em desatino e desafios,
procurando lhe encontrar,
mas não de cara ou de frente comigo.
Eu sou do bem... preciso viver,
sentir-me na incúria do meu apogeu.
Queria vê-la bailar ao som matutino,
levando consigo,
o aconchego de quem foi além (viveu),
mas de má sorte na vida,
nada ganhou ou gozou, só sofreu.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 18/03/2017
Alterado em 23/04/2017