ESPELHO (II)
ESPELHO (II)
Olho-me no espelho,
fixo o olhar na retina do reflexo que vejo.
Sou eu (o outro),
e respeito.
Atesto a ambígua serenidade - e não contesto,
na imagem que vejo do outro lado,
do avesso,
- e do meu eu,
do lado de cá,
tal qual sou e me reconheço.
Franzo-me a testa,
relaxo...
Na imagem do além do aqui presente,
não há contra-senso.
Em simetria,
tudo parece igual.
A seriedade de faces não contraditas, meditam.
- benditas - num padrão normal.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 14/03/2017
Alterado em 24/04/2017