QUIMERAS DA DAMA-DONZELA
QUIMERAS DA DAMA-DONZELA
Num palácio,
todo feito e enfeitado a cristal;
E brilhos brilhantes, luzes,
lúdicas definições,
havia festas, festividades,
folias em blocos,
- holofotes -
e lá cintilava ela - bonita e bela, a dama-donzela,
domesticando a sua loucura,
fustigando contrariedades,
e imponente às suas vaidades,
ao tapete central,
como se fosse só sua a passarela,
em cores,
coloridas cores,
aduzindo-se por cautelas,
e danças boêmias de giros compassos,
agraciados,
logros e agrados... que assim conseguia,
e seguia...
Num palácio,
todo feito e enfeitado,
em folias e farras, mazelas,
sem nada barato ou bagatelas,
o varão presidia a nação;
Enquanto que ela, aquela donzela,
a dama em finesse,
mui bonita e bela,
talvez sentindo-se só - à espera,
conduzia o seu tempo, puderas...
e como se fosse só dela,
a permissão de um querer,
tinha por si, sem medo,
entoando o dever, sem querelas,
a definição (o fazer),
às suas (im)possíveis quimeras.
Num palácio,
todo feito e enfeitado,
ao seu feitio;
ela fazia o que queria,
afinal...
seu querer era (é) mando e dever,
pro seus benefícios - sem artifícios;
Quem dita as regras agora, é ela.
É ela e ponto final.