Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

INDECISÃO

INDECISÃO

Se é pela indecisão que toma o meu rumo,
martirizo o contato - o tempo - refeito ao sabor,
do meu dissabor,
ao meu redor;

          Nada mais faz sentido, então.

Se é pela indecisão que toco mia banda,
o som se acalanta com o próprio silêncio;
O medo (ausência)... a vaidade (de plantão)...
a displicência da autoridade... (a confusão); 

          Nada vale ao acaso, então.

Se é pela indecisão que eu amo à quem me ama,
meu amor é funesto,
e de útil ao consumo - o desonesto,
inda que um pouco pacato,
incaulto, 
não vejo algo que serve;

          Nada me vale a pena, então, 

E se pois, nada me contenta ao revés, 
apenas observo...
não vejo Narciso ao espelho, 
sou contra-gosto ao meu próprio gosto, 
e o que busco, nem sempre bate à minha porta,
ou cai bem aos meus pés. 

          Nada que vejo sustenta o orgulho, então. 

Imprópio daquilo que' spero,
sinto-me só, 
dócil, frequente, 
não louco - eloquente, 
mas sou cálido na minha finita definição. 

E assim sem sentido, 
nada oriento, sem precisão, 
rodopio aos ares, girando, girando, girando...
perdido 'redondo' em meus passos dados, 
alinhados e descontinuados, 
num espaço vazio,
cheio dos frutos do nada, 
eu é que fico servil,
da minha própria indecisão.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 17/02/2017


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