Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos


ÓPIO

ÓPIO

O ópio que me espanta o ódio,
transforma a realidade,
               -faz-se lúdico -
exporta viagens
               - tem-se o lúcido -
e embalsa n'alma, por óbvio,
num relance de abrolhos,
e sensações do inóspito,
o molhado escorrido do bendito-liberto óleo.

E nas vozes que ouço, 
que digam (dizem), falam, murmuram, 
me protejo escondendo (sem medo) do mundo alheio.

Arrefeceio, pois, as sensações.
Presto-me, pois, à todos, dar saudações. 
Concedo à outrem, por ética ou por escusas,
meus sinceros ósculos...
que nada por si ostentam, senão meus embróglios. 

Não há dúvidas daquilo qu'eu quero, 
               - mas eu não me afogo -
espero;
contesto, sorrio,
me entrego, 
venero; 
Se eu nego (?)(!)
intempero, 
               desespero; 
               e choro..

Dai-me de novo, Senhor, 
por ordem, 
ao passageiro da ilusão,
ou por apoio ao perdão, 
mais uma dose de ópio, 
               sincero...
               sem ódio,
               o ópio, 
               eu quero!
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 15/02/2017
Alterado em 24/04/2017


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