TUDO
TUDO
Hei de contar, então,
a ti,
estórias de encanto e emoção.
Um tanto de tudo.
Um tudo de todo.
e o todo de um tanto sem fim,
assim,
ao trato, de estreitos coesos - sem pálios ou absurdos.
'té porque, não sinto que há por ti,
sentimentos confusos,
ou nexos de aversão,
desvairados ao nada,
ou calado ao meu submundo.
O tudo é o que me dá conta.
O que sinto não me afronta.
O que vale a pena, é quando o castelo não se desmonta.
E eu meço tudo pelo que é necessário,
apenas encômios, exatos,
versados no seu expressar.
O que me resta, soi o admirar,
pelos teus versos,
voz e palavras...
e das lavras que plantas à noite, ao regaço.
A tudo eu quero ver,
e por tudo eu me esgarço,
ao mesmo compasso - no ato - do que me arredio.
Tudo é poesia (acalma).
Tudo é arrepio (d'alma).
Tudo é bem-querência, ao que me apraz (amansa), o temperamento.
Tudo é o normal (adorna).
Tudo é fantasia (amolda).
Tudo é sintonia (que bom).
Tudo é o bom sentimento (e o clima é de contento).
E o tudo - na sua forma que for - é o que vale-a-pena.