MEU BEM QUERER
MEU BEM QUERER
O meu bem querer,
não é tão segredo que devo guardar ao extremo;
Muito menos sagrado.
É meio porfírio, meio profano;
Meio que lata vazia e sem rótulo.
Mas tenho de admitir - sem mentir,
que o meu bem querer - adjunto à minha emoção,
está guardado à sete-chaves em meu coração.
Meu bem querer não 'Djavaneia' as coisas do além.
E internamente - no seio d'alma - canta suas músicas como ninguém.
E disto não divirjo. Concluo.
Assumo. E assino com meus diplomas,
pois o que divago - na margem do que é possível -
é o inteligível.
E do que é pra mim o conexo,
é qu'eu apenas 'dechavo' papoulas em mãos alheias,
areias... teias... do sangue nas veias...
das folhas, o néctar, seivas...
E a tudo que ao destino permeia,
eu me embriago (de tanto não beber - apenas pensar).
O meu bem querer não é contradição,
não diz aquilo que as vezes quer (mas não se nega),
e talvez - em mim mesmo - adubo da minha fiel solidão,
corrói pra fora de si, minha sórdida manifestação....
e a tudo isso, sinceramente, eu sinto, eu sei.
Meu bem querer não viola regras,
Não encurta destinos,
Não dorme sozinho à espreita,
Não sonha o inesperado.
Nem espera do futuro, o sonho frustrado não feito ao passado.
Meu bem querer - aos ditos proferidos, aos termos do que 'hoje eu sei',
e 'daquilo que um dia eu pensei',
pode ser confuso ou obtuso...
e da vida alheia (guardo respeito), pouco se-lhe-é intruso,
mas em regra, ao bem de todos, à nós e conosco,
eu tenho certeza...
Meu bem querer não fere nenhuma lei!
obs: uma referência poética que homenageia Djavan.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 27/11/2016