ANTINOMIA
ANTINOMIA
Eu pensei em liberdade, e me impuseram obrigações;
Eu pensei viver em sorrisos, e me deram atribulações;
Eu pensei em fraternidade, e me mostraram a concorrência;
Eu pensei em dignidade, e me deram comida fria;
Eu pensei na alegria da paz, e só vi entre todos, soberbas lutas por ideais;
Eu pensei em comunhão, mas percebi que estava descalço e com as roupas rasgadas;
O frio e o calor tomavam conta de mim. Não havia o meio termo agradável.
Eu estava pensando só. Ninguém ao meu lado.
E tudo convergia ao viés do deplorável.
Então eu desisti... e pensei no conforto da morte;
Eu queria mais é perecer. Não por mim, mas pra aliviar a mia sorte.
Mas, teimosos - jovens e anciões, sábios e ignorantes,
decididos e contraditórios, a plebe e a nobreza,
eles... todos eles... não havia ninguém à exceção...
me deram mais fôlego à vida,
e me encheram de sensatez e esperança,
pra que nestes prumos da antinomia,
a própria vida (sem medo ou vingança) eu possa mais e melhor, compreender.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 22/11/2016
Alterado em 23/11/2016
