Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

DESCONEXÃO

DESCONEXÃO

Não é dor,
Não é amor,
Não queima, tal o porque não me dá ardor.
Nada do nada...
Ao menos não é fétido, não se sente nenhum odor.
O que eu ganho é somente meu... foi sorte, 
Mas nem muito menos é fruto do meu suor.
O obrigado é a mim mesmo, por isso não tem favor.
Não vejo pinturas em coloridas cores. Tudo é sem cor,
E nem nada do que seja certo é tão puro e tão belo (pois não cultivo nenhuma flor).
Eu só semeio esperança, 
e não guardo nada em decoração,
e nada decoro na minha emoção.
Tudo é um vai-e-vem, um entra-e-sai...
Um dito-por-não-dito não explicável ao mais sábio professor.
Um portas entre-abertas sem cobrança de ingresso.
E o filme rola à espreita...
E mesmo assim, não me sinto ser um agressor.
Apenas sou um compositor (de sonhos),
E de nebulosas teimosias que se condensam no meu crítico auto-censor.
Assim, tão e somente, eu sou...
pensamentos a mil que converto no cursor,
a desconexão de inteiras médias palavras,
múltiplas, castas e insensatas,
belas e reflexivas,
ébrias, 
excretas e expulsas de um curto-circuito cerebral...
... àquilo que talvez defino,
como sendo talvez, o esplendor.

Ao fim, caio de joelhos ao chão, 
choro e rio ao mesmo tempo (pois eu vi de verdade chuva e sol),
e sinto-me atraído e complacente com as normas que ditam o horror, 
mas não o hediondo... apenas o emocional,
afinal... sinto que tudo em mim (sem exceção), 
é apenas do presente do meu tempo,
em meus pensamentos,
uma desconexão...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 22/11/2016


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