Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

AMOR TRIMESTRAL (DE ESTAÇÃO)
 
AMOR TRIMESTRAL (DE ESTAÇÃO)

Intenso, imenso, 
Forte - mas sem holofotes,
Propenso ao viés do seu máximo.
E os ânimos então aflorados, colhem volúpias, exaltados.
Tem-se a queima da pele ao confronto dos raios do sol, ardentes.
E tudo é favorável. Inenarrável. Parece que inesgotável.

Mas... fechou-se o clima-tempo,
Mudou a estação do ano,
Noticiários do dia-a-dia. Em vai-e-vém, ida-e-volta, 
E o sombrio vento que venta forte, uiva, 
ao sul e ao norte, turvo, ao leste e oeste, rubro. 
Reviravoltas...
Arrepia o ruído ao dia e a noite. 
E o calor foi passageiro.  
Acabou o verão !
Passaram-se meses;
foi-se o trimestre, flexível como vergueiro.
O tempo voa... e não mais volta.

E vem aquele friozinho pra fomentar o chá da tarde.
E aos 'santos' de Deus, nunca é tarde pra se louvar. 
Mas o verbo 'amar' sofre com a natureza.
Realidade, tristeza, verdade e dureza. 
As intempéries dominam: ventos, chuvas, sol, tempestades...
coisas que afetam a disposição, 
e chegam mudanças, no contexto da imaginação, 
Temperaturas amenas; agora, apenas o 'apenas'...

E aos ditames do 'impossível',
pois o possível ficou pra trás, 
tem-se o querer divergente ao poder.
E se assim foi, assim também há de ser.
E tudo que sobe um dia desce (as vezes cai).
O amor trimestral também se foi (se vai).

Era verão e hoje já não é mais.
O período é certo e determinado (o calendário assim marca).
E marcas ficaram guardadas no coração, 
do amor trimestral - que se foi; 
foi demais emoção (ao calor da estação), 
Quem sabe... ano que vem ele volta.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 03/11/2016


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