ABSTRATOS
ABSTRATOS
Sonhos abstratos que me vieram...
bateram à minha porta (não abri),
buscavam mostrar-me o caminho,
mas pelo meu desalinho,
fluíram contumazes ao meu bem querer.
Foram demais tentativas.
E tantas demais, porquanto, repelidas.
Emudeceram... já cansados de tanto falar.
Desistiram... já penitentes pro meu pensar.
Recuaram... já que não outorguei-lhes passagens.
Envergonhados... já que não lhes dei voz.
E aos fatos, por negativas,
ao sonhos que jamais se tornaram concretos (somente abstratos),
recolheram-se e partiram...
Pra bem longe, quem sabe...
em favor de alguém que também sonhe,
e que à eles não seja tão silente e algoz.