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A CULPAA CULPA
Trazes no ser - homem - maus tratos internos,
eternos,
ébrios,
etéreos.
E nada que seja sério.
Porisso entralaças suas dores à outrem.
e carga-lhes a dor ao isento de tua missão.
Tens consigo, o apanágio do livre-arbítrio,
Porisso a culpa é sua irmã-inimiga,
mas sua mais fiel companheira.
Uma mala pesada cheia de trastes desnecessários,
quadro pouco pintado e borrado ao desleixo,
texto de linhas azuis, apócrifo e sem sentido,
visão distorcida por olhos cerrados ao ardor,
e o mel contaminado pelo desdém.
Resolva-se por uma só vez.
Bata-a (sua culpa) no liquidificador.
Misture-a com todos os seus venenos,
Seus impropérios e suas sombrias verdades.
E não esqueça a pitada de sal-a-gosto,
com suas melhores e nobres qualidades.
E sorria... com vaidade...
Bebendo seus goles com sede.
Afinal, ninguém é melhor que ninguém.
Mas não creia que isso seja somente a felicidade.
Há mais coisas na terra pra se buscar.
Oh, homem... não se engane e olhe pra si.
Em verdade, todos somos iguais pecadores.
Da culpa ?! O contexto é a angústia da morte.
Exculpe-a,
Desculpe-a,
Desnude-a,
Emude-a,
Emolde-a,
Encante-a,
Encare-a,
E cante pra ela, Entrementes...
Livre-se dela.
E mais tênue (leve), atenue-se a si mesmo.
E ao perdão de antemão,
sem ela, argúcias,
serás mais feliz em sua sorte.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 01/11/2016
Alterado em 01/11/2016
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