REFÉM
REFÉM
Batem os sinos da perseguição,
Buscam as autoridades atreladas ao temor do tempo,
contra mim e contra nós,
- o povo -
a manipulação.
Eu não vejo a realidade. Muito menos contemplo a fantasia.
Sinceros mistérios que vingam a face da terra, e deste país.
Escrachados em pontos de encontro 'podres poderes',
Parece que eu vejo um final onde tudo é infeliz...
E sinto que há relatos (in)sinceros e decepção,
Premiados sorteios por baixo dos panos (loterias),
Prepotência econômica ao redigido discurso (mazelas),
E por cima de tudo, um atropelo (algazarras),
a falta de senso (é intenso),
uma premia'delação.
Nas cúpulas se decidem os acordos da indecisão.
E a confiança se esvai como fumaça,
Levanta seu vôo, ergue o seu espanto,
fica no alto fora do alcance,
e desaparece sem deixar rastro
(porque no céu que é o limite é menor o atrito).
E atônito eu grito:
- socorro... prendam-me nos braços da minha'salvação.
Sou fiel e refém de mim mesmo.
Não confio em ninguém.
Só de mim é que dependo.
Assim me entendo...
Não creio mais em nenhuma autoridade.
Tudo é mentira. Tudo pra mim é vaidade.
E ao giro plácido do meu pensar,
embora eu pague tributos (e guarde insultos),
mas feita a reflexão,
solto um bramido:
- sou poeta que brado aos prantos contidos, digo verdades... busco em mim mesmo (inda como refém) minha própri'anunciação.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 24/10/2016